BATUQUE E TRADIÇÃO NA SEGUNDA NOITE DO NOVENÁRIO A IMACULADA CONCEIÇÃO

A segunda noite do novenário a Imaculada Conceição atraiu centenas de fiéis ao Santuário do Morro. A celebração foi presidida pelo Padre Paulo Sérgio, pároco do Santuário Nossa senhora das Graças, no Engenho do Meio.

Fotos: Ana Valença

Com o título “Uma História de Amor e de Libertação no Morro da Conceição” a novena teve a participação de movimentos populares que fizeram e fazem parte da história da comunidade. Jovens que atuaram na década de 70 na paróquia entraram no templo conduzindo a palavra de Deus e o andor de Nossa Senhora. Os olhares emocionados e agradecidos, pela homenagem, chamaram a atenção dos fiéis que participavam da celebração.

Na pregação, Padre Paulo Sérgio ressaltou a importância e a contribuição de Dom Hélder Câmara para o Brasil. Arcebispo emérito de Olinda e Recife entre os anos de 1964 e 1985, ele era conhecido por ser um grande defensor dos direitos humanos e da igualdade social, pregava a igreja simples e volta para os menos favorecidos.

Durante a celebração a assembléia foi surpreendida por um som diferente. Alfaias e abs, instrumentos de percussão, adentraram em um cortejo trazendo a cultura afro para a celebração.  Percussionistas do Batuques da Gente, projeto cultural que dá aula a cerca de 40 crianças e adolescente da comunidade, fizeram uma linda apresentação. A frente do cortejo estava cantora Elys Viana, que agraciou os ouvidos de todos com sua voz doce e imponente. O grupo entrou ao som de Negra Mariama, poema musicado de Dom Hélder.


A atração cultural ficou por conta do Marcelo Mariano, cantor da Comunidade Cristã Obra de Maria. Ele trouxe ao Morro da Conceição um repertório repleto de canções marianas conhecidas pelo grande público, das mais tradicionais as mais atuais. “Me sinto em casa quando canto aqui, nossa senhora me traz sempre pra perto dela”, declarou o músico.